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sábado, 4 de outubro de 2008

Caminhos


(á espera que amanheça)
Caminho nos trilhos
Já tão gastos
Tão ernervadamente
Conhecidos
São segundos, minutos
Energeticamente sentidos
Desaproveitados
Perdidos
O tempo corre
Mas não tão depressa
Como a forma desejada
Numa noite fria
Atribulada
Gelada
Caminho por aí
Sem fim á vista
Embalo na onda
Cruzo destinos
Mas fico por aqui
Onde a ilusão
Se dissipa
Que nem novelo
Em furacão
Alinhavado na agulha
Afiada
Descarada
Formando muralha
Desmoronada
Na minha mão
Ai ...meu Deus!!
Deus meu
Afinal a noite se foi
O sol rasgou o céu
E o dia ...
Já nasceu!!

04-10-2008






1 comentário:

Poeta do Penedo disse...

é a noite o fundo de uma caverna, sempre igual, monótona, que em suspensão se encontra neste poema? Provocará a noite um medo visceral, aponto de, ansiosamentem se aguardar pelo amanhecer? Ou terá apenas sido uma noite específica que tanto medo trouxe à alma?
Muito belo. Parabéns.
A imagem que apresentas transportou-me para a boca da caverna, de onde um ser, belo e frágil, desponta, aos primeiros raios de sol.