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terça-feira, 7 de abril de 2009
Quando tudo pára...
(foto cedida gentilmente pelo amigo Paulo Limões)
Quando tudo pára
Vejo a calçada luzidia
As marcas...
Das pastilhas elásticas
Espalmadas...
Sugadas e espremidas
Nas bocas ansiosas
Das mentes que...
Remoendo a vida
Ou se encontram
Ou se mantêm perdidas
Quando tudo pára
Sinto o cheiro da noite fria
Os sabores da comida
Que me encheram
A barriga vazia
Os odores do dia
Que já subiram aos céus
Vejo os contentores
Que transbordam de gestos
Que a sociedade exagera
As ratazanas que acordam
Saindo dos seus Ilhéus
E que à muito
Estavam à espera
Quando tudo pára
Os sons se calam
Nas TVs que se desligam
Olho o Porto
Que em si alberga
Nos seus recantos
Com ternura e aconchego
Os seus típicos
Barcos Rabelo
Quando tudo pára
Ouço o sussurrar sereno
Das águas negras
Que correm para o mar
A foz mesmo ali ao lado
E um gato ao longe a miar
E eu...
Eu fico assim pasmado
De tripé fixo ...ao meu lado
Pela luz portuense enamorado
Eterno fã da Ribeira
Que me transporta ao passado
Esperando e desejando
Que o meu simples clicar
Seja quase tão belo
Quanto o seu eterno espelho
À luz do luar...
05.04.09
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