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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Reflexo Nocturno





A noite está fria, envolta em escuridão apenas com alguns pontos brilhantes no horizonte, sinto-me que nem gata bravia perdida na noite gélida e húmida, olhando o horizonte brilhante, vislumbrando algo de novo no desconhecido.

O dia começa nascer...como é bom sentir que o regresso a casa está para breve, o cheiro a pão quente que brota da padaria aqui ao lado, faz crescer água na boca, o calor de uma luz que se acende numa janela, faz recordar o prazer do envolvimento dos lençois quentes, de um hambiente de ternura e carinho que se encontra num quarto, numa cama, o olhar de quem partilha o leito de mais uma noite de amor....


E aqui estou eu, á espera do momento certo para desfrutar desse pequeno prazer, o regresso a casa desejado, tantas vezes banalizado, mas de imenso valor.


É um refúgio da alma e do corpo, onde se encontra alimento, amor, cuidado, segurança, em encontros e desencontros mas pelo qual se lutará sempre com alguma preserverança.

Dezembro 2007

2 comentários:

Poeta do Penedo disse...

Como te compreendo, gaivota.
A meiguice do lar adormecido, que nos espera, quando nos for possível libertármo-nos das garras das horas nocturnas (não da noite), que nos sufocam a mente e o coração.
Como te entendo, amiga gaivota!

António Henriques disse...

À noite, sobre as nossas cabeças existe uma imensidão de pontos brilhantes. É difícil ficar indiferente à beleza da cúpula celeste. Cada noite é um espectáculo único, que a natureza nos oferece, há sempre algo de novo… de desconhecido. Por vezes a Lua empresta um pouquinho da sua luz e a noite torna-se mágica… mesmo quando está fria.
Com o corpo cansado… Com a sensação de dever cumprido… Um pão quentinho com manteiga… Um chá de menta… O encontro com os lençóis macios e quentes… e adormece-se num sono de justo, para acordar revigorado e com as forças renovadas… Para continuar a conseguir sonhar.